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Em evento especial, Câmara de Timon debate sobre suicídio e violência contra a mulher

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O evento foi organizado pela vereadora petista Da Luz do 7 Estrelas.

Nesta terça-feira, 26, foi realizada na Câmara Municipal de Timon um evento para debater a prevenção ao suicídio e o combate à violência contra a mulher. Organizado pela vereadora Da Luz Sete Estrelas, o evento contou com a participação dos vereadores Uilma Resende, Neto Peças e Thiago Carvalho, da secretária municipal dos direitos públicos para as mulheres, Kellyane Gedeon, da assistente social do Caps adulto Leidilene Costa, da policial militar e membro da patrulha Maria da Penha em Timon, Cabo Ana Paula, da consultora educacional da Uninassau Redenção, Mônica Bezerra, além de estudantes e populares.

O evento foi aberto com a fala da assistente social Leidilene Costa, que atua na área de saúde mental no Caps Adulto. A profissional ressaltou a importância da ampliação da disponibilidade de informação e do debate, para combater esse que é um grande problema de saúde pública.

“Toda vez que alguém comete um suicídio há um abalo social, há um abalo familiar, há um abalo na rede de apoio. Então podemos nos perguntar, o que aconteceu, qual foi a falha? Não é simplesmente o sofrimento psicológico, o adoecimento psicológico, a depressão que causa o suicídio, existe todo um contexto em volta. As pessoas as vezes não tem noção da importância que é dar atenção, nem que seja por um minuto à uma pessoa que precisa. Essa é uma situação dramática e que tem que ser trabalhada de forma dramática, porque o dano social, familiar, pessoal é grandioso, não é um fato simples”, destacou.

A secretária municipal dos Direitos Públicos para as Mulheres Kellyane Gedeon ressaltou o trabalho da secretaria no combate à violência física, psicológica, sexual e outros tipos de agressão contra as mulheres. “Hoje temos um leque de correntes para que a gente possa se socorrer. Aqui em Timon, ontem foi lançada a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, que é composta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Câmara Municipal, pelas secretarias da Mulher, da Educação, da Saúde. São as redes que nós nos unimos em prol das mulheres timonenses, que hoje tem esse suporte, que hoje tem a quem socorrer, em casos de violência. As mulheres hoje não podem ficar caladas, elas têm a quem recorrer, tem esse suporte”.

A cabo da Polícia Militar do Maranhão Ana Paula, membro da Patrulha Maria da Penha em Timon falou sobre casos de violência contra a mulher, fazendo uma associação com os episódios de violência sofridos pela farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à Lei 11.340. “É muito importante voltarmos no tempo e entender o contexto dessa lei, que foi promulgada em 2006 e que foi uma sanção internacional que o Brasil sofreu pela negligencia e pela falta de atitude em relação à violência doméstica no país, que não é um caso isolado. Então os organismos internacionais cobraram o Brasil porque o que aconteceu com a Maria da Penha não foi um caso isolado, acontece com muitas mulheres e hoje graças a deus, com essa lei nós tivemos muitos avanços com relação à igualdade de gênero”.

O presidente da Casa, vereador Uilma Resende, ressaltou que ficou muito feliz com a implantação da rede de proteção às mulheres no município de Timon e que deu como sugestão que a secretaria de educação oferte uma disciplina nas escolas que aborde o combate ao sexismo. “Sobre a pauta do suicídio é algo muito difícil esse debate, inclusive porque eu tenho um irmão que cometeu suicídio aos 23 anos. É muito difícil falar sobre isso e inclusive dar atenção, a correria do dia a dia nos tem tirado isso, de dar atenção ao próximo e isso é muito grave. A gente tem que agir antes e dar a atenção devida às pessoas, o que não é fácil. E essas pautas de discussões, de palestras, de inserir isso no currículo escolar é de extrema importância e de necessidade. Temos que fazer isso pra ontem”.

A vereadora Da Luz Sete Estrelas, idealizadora do evento, agradeceu à presença de todos e todas e ressaltou a importância de todas as falas dos oradores. “O debate sobre o suicídio não pode ser silenciado. A depressão é uma doença gravíssima, perigosa, que mata silenciosamente. Foi falado aqui em homenagem à nossa querida colaboradora Nesclides, que foi uma vida perdida dessa forma. A nossa cabo Ana Paula falou aqui também da violência contra a mulher, que é outro índice gravíssimo. Temos aqui a delegacia da Mulher, temos a patrulha Maria da Penha, mas ainda falta muito, precisamos da Casa da Mulher Brasileira, que em breve será instalada aqui na nossa cidade. E por fim só tenho que agradecer, gratidão por esse momento especial que vivemos aqui hoje”.

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